Solidão conectada: como combater o vício em internet e ganhar mais tempo para os estudos, familiares e amigos
Há 10 anos atrás não sabíamos o que era passar horas e horas com um celular na mão, pois tínhamos os telefones residenciais, e o telefone celular era principalmente para fazer ligações necessárias, principalmente para pessoas que trabalham na área de vendas.
Nós íamos a escola para aprender, íamos num vizinho para conversar olho no olho, íamos a igreja para ouvir o padre ou pastor falar, os barzinhos servia para darmos risadas das nossas histórias ainda que infantís e adolescentes.
Antes das redes sociais invadirem nossos lares, podíamos dialogar com nossos filhos pessoalmente, o namorado ia na casa da namorada, nada era virtual. Infelizmente tudo mudou, vivemos num tempo de ilusão, onde tudo é “on”.
Parecemos perto de tudo e ao mesmo tempo ausente , as pessoas ficam impacientes em lugares que não tem conexão. Elas não conseguem conversar, estamos como zumbis, dependentes de um simples e pequeno aparelho.
Só se fala em Facebook, Twitter, Whats, Blog, Instagram. Fotografamos tudo em todos os lugares que vamos, e não desfrutamos dos momentos em que estamos presentes, pois se faz necessário registrar tudo para depois poder postar nas redes sociais, para que todos possam ver onde fomos, o que comemos, com quem estávamos etc.
Como combater o vício em internet e ganhar mais tempo para os estudos, familiares e amigos:
● tenha consciência de que você está viciado na internet;
● faça uma pausa e avalie o que é mais importante que o celular: família, amigos, colegas de trabalho;
● tente evitar ao máximo o uso do celular, use apenas se precisar enviar uma mensagem ou responder algo relacionado ao seu trabalho;
● extermine de uma vez o vício da internet para coisas banais, cuide da sua vida particular, principalmente postando fotos, exibindo sua vida pessoal;
● deixe o celular de lado e transfira esse tempo para as atividades intelectuais.
Conseguimos esquecer das coisas simples e prazerosas da vida. A natureza, o vento que sopra na nossa face, conversas paralelas, uma criança fazendo gracinhas. Quando estamos com o nosso celular na mão, nos transformamos, perdemos sorrisos e semblantes, nossos contatos não são mais reais.
Tudo está na lista: números, fotografias, aparências, listagens humanas, imagens. Deixo a dica para que você possa ter maior compreensão do que estou descrevendo neste artigo, leia o livro: “A Sociedade do Espetáculo” de Guy Debord, você sentirá o quanto tudo que está escrito neste artigo sobre o mundo virtual é real.
Não quero dizer que a tecnologia não é necessário, de forma alguma, ela é extremamente imprescindível no nosso dia a dia, principalmente para quem precisa trabalhar na área da computação. Porém digo isso para as pessoas que não tem controle sobre si mesma. Pelo mundo virtual, deixamos de viver o mundo real.
Para complementar esse artigo, gostaria de salientar que muitas vezes (na maioria delas), existe muita falsidade nas redes sociais, principalmente sobre a aparência que as pessoas passam e a essência.
Muitos ainda querem comparar a vida que levam com a vida alheia, que por muitas vezes é talvez bem mais dolorosa que a nossa, pois cada um de nós temos a nossa história, e nas redes sociais podemos nos mostrar de várias formas (geralmente mentimos para nós mesmos, pois vivemos tristes e solitários).